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Geraldo alerta para crise na saúde em Dourados

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01/12/2009 – 18:12

O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) usou a tribuna da Câmara nesta terça-feira para solicitar um entendimento entre a administração municipal e o Hospital Evangélico para evitar que a população douradense seja prejudicada no atendimento a que tem direito na saúde pública, por conta de decisão do Conselho Regional de Medicina (CRM), pela qual os médicos estarão impedidos eticamente de trabalhar no Hospital da Mulher e Hospital da Vida, a partir desta quinta-feira.

Da tribuna, o parlamentar citou notícias da imprensa sul-mato-grossense, segundo as quais, por decisão do CRM, os médicos não poderão atender nos hospitais citados pelo fato de ambos não terem, de acordo com entendimento do Conselho, diretores clínicos.

Geraldo Resende lembrou que há tempos vem alertando “para a situação dramática que a população de Dourados enfrenta quando se trata de saúde pública”. O deputado acrescentou que os insistentes alertas que tem feito da tribuna da Câmara não têm sido suficientes para alterar essa realidade,

Em seu pronunciamento Geraldo Resende defendeu a decisão do CRM. “O que parece ser uma atitude autoritária do CRM, não é. Há vários meses o Conselho vem fazendo gestões junto às autoridades municipais de Dourados para que a situação seja resolvida. E ninguém tomou uma providência. Há trinta dias, o CRM deu um ultimato e estabeleceu um prazo de um mês para que o município desse uma solução para o problema. Outra vez o prazo foi ignorado”, desabafou.

Na tribuna, Geraldo Resende relatou aos demais membros da Câmara Federal, que agora, diante da possibilidade de um prejuízo de proporções incalculáveis à população douradense, uma reunião foi marcada pelo Ministério Público, envolvendo as várias partes inseridas na questão para tentar achar uma saída.

“Tudo isso está acontecendo porque a fórmula encontrada pelo Município, pela atual gestão, foi terceirizar boa parte dos serviços que o próprio poder público deveria estar fazendo. Ao comprar serviços de hospitais particulares para fazer o que deveria ser feito pela estrutura pública, o município transfere responsabilidades e deixa de cumprir o seu papel legal”, ressaltou o parlamentar.

Para Geraldo, argumentar que o Hospital da Vida e o Hospital da Mulher estão sob a coordenação do Hospital Evangélico e que este é quem deve explicações ao CRM não basta. “O que parece ser uma disputa burocrática na verdade ganha ares de drama quando se tem a consciência de que a população que precisa de assistência médica é quem vai, mais uma vez, pagar o preço do descaso”, avalia o parlamentar.

Geraldo relatou em seu pronunciamento que o secretário municipal de saúde, de Dourados Mário Eduardo Rocha, diz que quem responde pelas três instituições é o diretor clínico do Hospital Evangélico, Delani Borges. Porém, segundo o deputado, este, contradizendo o secretário de saúde, nega que tenha responsabilidade sobre o Hospital da Vida e o Hospital da Mulher. Afirmando que esse é um “jogo de empurra”, o deputado apelou para o bom senso das autoridades municipais e para que na reunião com o Ministério Público seja encontrada uma solução para o impasse.

O parlamentar lembrou que na segunda-feira (30) teve uma reunião com vereadores na Câmara de Dourados para pedir ajuda na fiscalização dos processos pendentes, pois, segundo ele, não basta apenas conseguir os recursos que faltam para a saúde “mas é preciso fazer com que as autoridades municipais cumpram aquilo que a lei determina, façam a sua parte dentro da legalidade e garantam que os projetos obtidos no papel se transformem em realidade para quem mais precisa”.

 

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