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‘PSDB não está mais na base do governo’, afirma Padilha

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29/11/2017 – 13h50

No entanto, ministro disse que conta com apoio tucano para a reforma da Previdência

BRASÍLIA — Um dia depois de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e futuro presidente do PSDB, sinalizar desembarque do governo de Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, não esperou nem os três ministros tucanos deixarem o Planalto para dizer que a sigla não faz mais parte da base aliada. No entanto, Padilha também disse nesta quarta-feira que conta com os tucanos para aprovar a reforma da Previdência, e que não vê problemas de o presidente Michel Temer manter ministros tucanos, por meio de cota pessoal.

— O PSDB não está mais na base do governo. Vamos fazer de tudo para manter base de sustentação do governo e projeto único de governo para 2018. O PSDB já disse que vai sair — afirmou o peemedebista após convocar a imprensa para apresentar programas de tecnologia dos ministério.

No começo do mandato de Temer, em maio do ano passado, Alckmin havia sido contra a participação dos tucanos no governo. Há alguns meses o governador de São Paulo passou a defender a saída da base — incluindo entrega de cargos. Nesta terça-feira, ele voltou a defender saída da gestão Temer, dizendo que “sempre” foi contra “participar do governo”.

VOTOS A FAVOR DA PREVIDÊNCIA

Apesar de prever a saída da legenda do governo, Padilha diz acreditar que a sigla dará ao Planalto votos a favor da reforma previdenciária — o carro-chefe da gestão Temer nas medidas econômicas do Congresso, emperrado há sete meses na Câmara. Padilha argumenta que a “história” e “tradição” do PSDB a favor da reforma da Previdência devem superar a decisão de permanecer ou não no governo.

— Circunstâncias propostas momentaneamente, ao meu juízo, não alteram a história do PSDB em relação à Previdência Social. Deverá haver debate no PSDB em razão da sua história, independentemente de estar no governo ou não. É pela sua história. Contamos que isso (apoio à reforma da Previdência) venha a acontecer — disse o chefe da Casa Civil, que ainda cobrou que Alckmin faça uma “manifestação objetiva” em relação à proposta de mudança nas aposentadorias.

Além de contar com votos para a reforma, Eliseu Padilha sustentou que não há problemas na continuidade de ministros do PSDB na Esplanada dos Ministérios. No mês passado, o deputado tucano Bruno Araújo saiu da chefia do Ministério das Cidades e iniciou uma tentativa de reforma ministerial.

Antonio Imbassahy, que é ministro dentro do Palácio do Planalto e cuida da articulação política, chegou a ter substituição confirmada na semana passada, mas o governo recuou. Padilha disse ainda que haveria “constrangimento”, contudo, se esses ministros continuassem defendendo o partido.

— Uma coisa é ministro estar no governo representando o partido. Aí, acho que haveria um constrangimento — declarou, completando:

— Outra coisa é o presidente, em cota pessoal, decidir manter o quadro. Não vejo nenhuma incompatibilidade.

OLHO NAS ELEIÇÕES DE 2018

Na esteira do rompimento do PSDB com o governo Temer, Padilha também mencionou negociações para as eleições do ano que vem. Segundo ele, o governo “não exclui ninguém” nesses acordos pré-eleitorais, mas há a condição de que o legado da gestão Temer seja defendido. Perguntado especificamente sobre os tucanos, Padilha não respondeu.

— Uma candidatura que defenda o legado do presidente. Não se exclui ninguém. Temos uma condição: aquele candidato que defenda o legado do presidente Temer poderá ter apoio do PMDB — afirmou Padilha.

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