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PGR denuncia Geddel por lavagem de dinheiro e organização criminosa

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04/12/2017 – 21h20

Raquel Dodge também denunciou mãe e irmão do ex-ministro e outras três pessoas

BRASÍLIA — A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma denúncia contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima por lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia se refere ao caso dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador que seria ligado ao ex-ministro. Segundo o “G1”, também foram denunciados o irmão de Geddel, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA); sua mãe, Marluce Vieira Lima; o ex-assessor parlamentar Job Ribeiro Brandão; ex-diretor da Defesa Civil de Salvador Gustavo Ferraz; o sócio da empresa Cosbat Luiz Fernando Costa Filho.

O jornal O Globo confirmou que a denúncia contra o ex-ministro Geddel foi enviada ao STF nesta segunda-feira e está nas mãos do ministro Edson Fachin. A procuradora encaminhou a peça ainda de noite para cumprir o prazo exigido quando há investigados presos preventivamente.

Na denúncia, segundo o G1, a procuradoria sugere quatro possíveis fontes dos R$ 51 milhões: propinas da Odebrecht; repasses do operador Lúcio Funaro; dinheiro de outros políticos do PMDB e parte dos salários de Job Ribeiro Brandão como assessor parlamentar, que eram devolvidas para a família Vieira Lima.

Em depoimento, Job contou que destruiu documentos, agendas e anotações a mando de Geddel. O ex-assessor também relatou que recebia dinheiro vivo, em repasses que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, para fazer contabilidade, que ocorria na casa da mãe do ex-ministro. Job já manifestou o desejo de realizar uma delação premiada, e entregou documentos que comprovariam a devolução de 80% do seu salário.

Na semana passada, a Polícia Federal concluiu o inquérito sobre o caso, e sugeriu o indiciamento de Geddel, Lúcio, Job Ribeiro Brandão e Gustavo Ferraz por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Para a polícia, os quatro “estiveram unidos em unidade de desígnios para a prática de crimes de lavagem de dinheiro, seja pelo ocultamento no apartamento de Marluce Quadros Vieira Lima, seja pelo ocultamento no apartamento da rua Barão de Loreto, Graça, Salvador/BA, de recursos financeiros em espécie oriundos atividades ilícitas” praticadas contra a Caixa Econômica Federal, contra a Câmara dos Deputados e desviados também de caixa dois de campanhas eleitorais.

A defesa de Geddel, Lúcio e Marluce afirmou, à TV Globo, que só comenta documentos formais. O advogado de Job Brandão disse que só se pronunciará após ter acesso à denúncia. As defesas de Gustavo Ferraz e Luiz Fernando Costa Filho não foram localizadas.

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