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Perfil do eleitor de Haddad muda após confirmação de candidatura

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15/09/2018 – 16h25

Agora, desempenho melhor do petista é entre brasileiros de renda e escolaridade menores

O novo candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, viu o perfil do seu eleitor mudar desde o fim de agosto, quando oficialmente era apenas o vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril por corrupção e lavagem de dinheiro. Desde então, o ex-prefeito petista foi o candidato que mais cresceu nas pesquisas, de 4% para 13%.

Em pesquisa feita pelo Datafolha entre 20 e 21 de agosto, quando Haddad tinha 4% das intenções de voto no cenário sem Lula, seu melhor desempenho era entre eleitores com ensino superior (9%), renda mensal de mais de dez salários mínimos (9%) e mais jovens, com idades entre 25 e 34 anos (5%). No levantamento feito na última segunda (10), essas ainda eram as faixas em que ele ia melhor.

O perfil supõe uma parcela do eleitorado que, mesmo num cenário em que o PT ainda defendia a viabilidade da candidatura de Lula, já identificava que Haddad seria, de fato, o nome da legenda ao Planalto.

No levantamento divulgado nesta sexta (14), realizado após a oficialização da candidatura de Haddad, na última terça (11), Haddad já aparece com seu melhor desempenho entre eleitores que têm apenas o ensino fundamental, com renda mensal de até dois salários mínimos e com idades entre 45 e 59 anos.

Nessas faixas, Haddad, cresceu até 13 pontos percentuais. Entre os eleitores com a renda mais baixa, por exemplo, ele subiu de 3% para 16%, e entre os menos escolarizados, de 2% para 14%.

Entre as regiões, o ex-prefeito de São Paulo, que tinha 5% das intenções no Nordeste e no Sudeste no fim de agosto, cresceu para 20% e 10%, respectivamente. Ele também cresceu dez pontos entre as mulheres, de 3% para 13%, mesmo desempenho que ele tem hoje entre os homens.

O candidato Ciro Gomes (PDT) também viu mudanças no perfil de seus eleitores no último mês, no sentido inverso ao de Haddad, com quem disputa o eleitorado de esquerda.

Se o pedetista tinha um melhor desempenho, em agosto, entre eleitores com ensino fundamental (11%) e idades de 35 a 44 (12%), na última pesquisa Datafolha ele aparece mais bem colocado entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (18%) e com ensino superior (16%).

Essas duas últimas parcelas do eleitorado —onde ele cresceu dez e seis pontos, respectivamente— tiveram um papel importante para puxá-lo de 10% para 13% no universo total no mesmo período.

Ciro segue melhor entre os brasileiros com renda de mais de dez salários mínimos —cresceu seis pontos, de 13% para 19%— e no Nordeste, onde chegou a crescer seis pontos de agosto até a pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira (10), mas caiu dois pontos desde a confirmação de Haddad como candidato do PT.

Hoje, os dois empatam no Nordeste na margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, com Haddad numericamente acima, 20% contra 18%.

Apesar de sua popularidade entre as mulheres ter crescido dentro da margem de erro (de 9% para 13%) desde agosto, Ciro viu desaparecer, na última pesquisa, totalmente a diferença entre o seu eleitorado masculino e feminino, que chegou a quatro pontos em junho.

Ciro e Haddad estão empatados em segundo lugar, dentro da margem de erro, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que tem 13 pontos de vantagem.

BOLSONARO

Apesar de continuar tendo um desempenho melhor entre homens, eleitores com ensino superior e com renda de mais de cinco salários mínimos, Bolsonaro cresceu, desde agosto, entre todas as parcelas do eleitorado —seja gênero, idade, renda ou escolaridade. A exceção foi entre os jovens de 16 a 24 anos, onde sua intenção de voto caiu, mas dentro da margem de erro, de 28% para 26%.

O candidato do PSL, que sofreu um ataque com faca em evento de campanha no último dia 6, passou por duas cirurgias e segue na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), tem hoje melhor desempenho na região Centro-Oeste (36%) do que no Sul (33%), onde costumava ir melhor.

Marina Silva, que despencou de 16% para 8% nas intenções de voto desde agosto, caiu mais entre seus principais eleitores: mulheres e jovens (perdeu dez pontos em cada), eleitores de ensino fundamental e com renda mais baixa (caiu nove pontos) e do Norte (perdeu sete pontos).

Já Geraldo Alckmin, que continua com os mesmos 9% no total no último mês, viu pouca oscilação nas principais faixas que compõem o perfil do seu eleitor. Entre mulheres, eleitores de 60 anos ou mais, com ensino fundamental e renda de até dois salários mínimos, as variações foram todas de dois pontos percentuais, na margem de erro.

O último levantamento Datafolha foi feito entre quinta (13) e sexta (14), ouvindo 2.820 eleitores em 197 cidades, com uma margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela Folha de S. Paulo e pela Rede Globo.(Isabel Fleck/FSP)

Perfil do eleitor de Haddad muda após confirmação de candidatura

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