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Na posse, Bolsonaro deve explorar combate à corrupção e enxugamento da máquina pública

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01/01/2019 – 05h19

Quando fizer o juramento perante o Congresso Nacional, por volta de 15h, Bolsonaro se tornará o 38º presidente do Brasil

Após encerrar uma sequência de quatro vitórias do PT nas urnas, o presidente eleito, Jair Bolsonaro , fará na tarde de hoje, no primeiro discurso como chefe de Estado, um chamamento à união dos brasileiros e dirá que há esperança de dias melhores. Ele também fará defesa da austeridade na administração pública. Quando fizer o juramento perante o Congresso Nacional, por volta de 15h, Bolsonaro se tornará o 38º presidente do Brasil. Terá sob seu comando um país com mais de 200 milhões de habitantes, brasileiros de diferentes crenças, posições políticas e visões de comportamento. Para falar a todos pela primeira vez, o presidente preparou dois textos.

O primeiro será lido na presença de deputados, senadores e presidentes dos Poderes constituídos, que farão parte da mesa na sessão solene de posse no plenário da Câmara de Deputados. O segundo discurso será dirigido ao público, na Praça dos Três Poderes, logo após receber a faixa presidencial de seu antecessor, Michel Temer (MDB).

Os pronunciamentos foram preparados nos últimos dias pelo próprio Bolsonaro, com a ajuda do futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e dos três filhos políticos, Flávio, eleito senador pelo Rio, Eduardo, reeleito deputado por São Paulo, e Carlos, vereador no Rio de Janeiro.

Considerado o auxiliar mais próximo do novo presidente, Heleno também foi o responsável por dar forma final aos pronunciamentos de Bolsonaro logo após a vitória no segundo turno da disputa presidencial. O general ainda ajudou a escrever o discurso da cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 10 de dezembro.

Enquanto recebia familiares e apoiadores na Granja do Torto, ontem à tarde, o presidente aproveitou para fazer ajustes finais nos textos. Até o chanceler Ernesto Araújo, que comandará a política internacional, foi consultado. Uma das principais preocupações de Bolsonaro é passar uma mensagem clara à comunidade internacional, de normalidade institucional.

Promessas de campanha

De acordo com interlocutores, não há previsão de que Bolsonaro faça um pronunciamento de improviso, mesmo quando se dirigir à nação no parlatório do Palácio do Planalto. No Congresso, os presidentes eleitos costumam fazer uma exposição mais formal e política. Já ao público em geral, o tom tende a ser mais emotivo. Por outro lado, alertam auxiliares de Bolsonaro, a se julgar pelo estilo do novo presidente, não será surpresa se fugir ao roteiro que ele mesmo determinou.

O discurso, segundo integrantes da equipe de Bolsonaro, vai reforçar promessas de campanha, como a de implementar uma administração pública mais enxuta e de tolerância zero com a corrupção. O novo presidente reforçará que o Brasil está prestes a entrar em um novo tempo, deixando para trás os anos de governo de esquerda. Apesar das referências negativas ao PT, a fala terá apelos por união.

Ontem, ao visitar a Granja do Torto, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o presidente eleito fará um discurso ao estilo “papo reto”, com linguagem popular que marcou sua campanha, sempre falando diretamente aos brasileiros de maneira geral.

— Vai ser um discurso de muita fé num Brasil que vai mudar, com muita humildade, como é o jeito dele. E aquela coisa: curto, papo reto, direto — afirmou Onyx.

De acordo com o futuro ministro, Bolsonaro “está bem, está animado, está se preparando”. Na saída, ele desceu do carro e falou com os apoiadores que estavam no local. Onyx disse que Bolsonaro desejava a eles um “2019 abençoado”.

— Quero agradecer vocês. Muito obrigado por tudo — disse o futuro ministro.

Ação contra ameaça

Além de Onyx, um dos irmãos do presidente eleito, Renato Bolsonaro, falou, ontem, com simpatizantes na entrada da granja. Ele disse que toda a família — incluindo a mãe de 91 anos e os cinco irmãos de Bolsonaro — estava no local, onde passaria a virada de ano.

— (Ele) tá com a família. Tá preparando o discurso dele agora. Então tá normal. É uma coisa simples. Igual à casa de vocês. Não tem mistério. É ambiente familiar, não tá falando de ministro — disse Renato.

A posse de Bolsonaro foi preparada ao longo dos últimos dias em meio a um ambiente de tensão por causa de ameaças de atentado contra o presidente eleito e até contra ministros do futuro governo. Ontem, enquanto a família presidencial estava na granja, a Polícia Federal deflagrou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em sete endereços de integrantes de um grupo batizado de “Maldição Ancestral”, que seria composto por suspeitos de difundir, pela internet, ameaças de ataque terrorista contra Bolsonaro. A ação dos supostos terroristas ocorreria durante a posse, nesta tarde.

— (Ele) tá com a família. Tá preparando o discurso dele agora. Então tá normal. É uma coisa simples. Igual à casa de vocês. Não tem mistério. É ambiente familiar, não tá falando de ministro — disse Renato.

A posse de Bolsonaro foi preparada ao longo dos últimos dias em meio a um ambiente de tensão por causa de ameaças de atentado contra o presidente eleito e até contra ministros do futuro governo. Ontem, enquanto a família presidencial estava na granja, a Polícia Federal deflagrou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em sete endereços de integrantes de um grupo batizado de “Maldição Ancestral”, que seria composto por suspeitos de difundir, pela internet, ameaças de ataque terrorista contra Bolsonaro. A ação dos supostos terroristas ocorreria durante a posse, nesta tarde. (O Globo)

Na posse, Bolsonaro deve explorar combate à corrupção e enxugamento da máquina pública

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