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Imbassahy pede demissão e abre vaga para Marun no Ministério

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08/12/2017 – 16h12

Saída do tucano era dada como certa há semanas

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), pediu demissão nesta sexta-feira. A carta de demissão foi entregue por Imbassahy ao presidente Michel Temer por volta das 16h20 em São Paulo, onde os dois cumprem agenda oficial . Temer aceitou o pedido. A cadeira do tucano baiano está reservada ao deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

A base aliada cobrava há meses a saída de Imbassahy, mas Temer resistia, por ter uma dívida de gratidão com o tucano, por ter sempre trabalhado pelo governo e por não ter hesitado na eclosão de duas denúncias que o presidente enfrentou. Por isso, o Palácio do Planalto vinha dizendo que a decisão de sair teria que partir do próprio ministro, e que a saída aconteceria de forma “organizada”, respeitando Imbassahy.

O ministro pede demissão às vésperas da convenção do PSDB, neste sábado, que vai consolidar na presidência da legenda o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, principal defensor da saída dos tucanos do governo.

A Secretaria de Governo é o ministério que cuida da articulação política do Poder Executivo com o Congresso. A pasta fica dentro do Palácio do Planalto e tem grande peso político.

No final de novembro, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a ser indicado pelo PMDB para o lugar no Imbassahy, mas o Planalto depois recuou.

Na carta de demissão, Imbassahy elogiou o governo e disse que comandar a articulação política foi uma “honra”. Ele enalteceu conquistas do governo, que, segundo ele, enfrentou “extraordinárias turbulências políticas”, e disse que também assistiu a “momentos de sofrimento”, quando o presidente foi alvo de “ataques virulentos”.

“O Brasil saiu do atoleiro no qual se encontrava e não parou”, escreveu Imbassahy.

O ex-ministro tucano diz que deixa o cargo porque surgiram “novas circunstâncias” e chama o PSDB para a responsabilidade de ajudar a aprovar as reformas encampadas por Temer, entre elas a reforma da Previdência.

“Agora, senhor Presidente, novas circunstâncias se impõem no horizonte. Agradeço ao meu partido, o PSDB, que entendeu que, após trabalhar pelo impeachment, e por coerência com a sua história, não poderia se omitir nesse processo de recuperação do país. Decidiu apoiar o seu governo sem contrapartida alguma, além de um compromisso programático que Vossa Excelência vem rigorosamente cumprindo”, diz a carta de Imbassahy.

“Peço que aceite a minha exoneração na certeza de que continuarei a contribuir com o nosso país na Câmara dos Deputados, onde tive a honra de ser levado pelos brasileiros da Bahia. Expresso meu sincero e profundo agradecimento pela confiança, pela suavidade no trato, respeito e cordialidade que sempre dispensou a mim. Fraternalmente, do amigo Antonio Imbassahy”, escreveu o tucano.

Em uma carta de resposta, Temer ressaltou o apoio que teve do amigo “fraternal”, que ocupou “grandiosamente” a Secretaria de Governo. “A sua ponderação, o seu equilíbrio e a sua firmeza foram fundamentais para que não só atravessássemos momentos delicados, mas especialmente porque o Brasil não parou. Eu, o Governo e o País devemos muito a você”, escreveu o presidente.

A carta de Temer foi divulgada pelo Palácio do Planalto apenas cinco minutos após a divulgação da missiva do demissionário tucano. O peemedebista ressaltou ainda que confia que Imbassahy seguirá a “defender os interesses do Brasil” de volta à Câmara. O carro-chefe do governo, a reforma previdenciária, será votada na Casa a partir do próximo dia 18.

O tucano baiano libera a cadeira prometida a Caros Marun

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