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Ciro Gomes negocia ampliar alianças, e Steinbruch é cotado para vice

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11/05/2018 – 10h18

Filiação do empresário ao PP pode unir partido de centro ao PDT

Três dias após o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciar que não concorrerá à Presidência, o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, ampliou seu leque de opções, antes mais restrito ao campo da esquerda. O pedetista reabriu conversas com o PSB e pode negociar até com o PP, que filiou o empresário Benjamin Steinbruch, presidente da CSN. Desde quinta-feira, ele é cotado para ser vice na chapa. Steinbruch disse ao jornal O Globo que é amigo de Ciro desde os anos 1980, e que ouviu o pré-candidato antes de se filiar ao PP.

— Eu ficaria muito honrado com um convite para servir o meu país, ainda mais numa função de vice-presidente, mas não tem nada de concreto. Nem convite há — afirmou o empresário.

A prioridade na estratégia eleitoral de Ciro, neste momento, ainda é a construção de uma aliança de esquerda com o PSB, o PCdoB e, se possível, com o PT. Porém, o que deve imperar é o pragmatismo, e uma chapa com PP ou PR, que tem em seus quadros Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar, entrou no horizonte do pedetista.

— Nossa prioridade agora é conversar com o PSB e tentar construir uma frente de esquerda, junto com o PT se eles quiserem — disse o presidente do PDT, Carlos Lupi. Se os petistas insistirem na tese de lançar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o mês passado, eles vão ficar isolados, avalia Lupi.

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também disputa o apoio do PSB, que ainda tem como opção de não apoiar nenhum candidato.

— Acho que vamos priorizar os projetos regionais. Hoje, nem Ciro, Alckmin ou Marina têm condições de unificar o PSB. Se o partido liberar os diretórios, acho que o Ciro pode conseguir mais apoios — avalia o vice-presidente de relações governamentais da legenda, Beto Albuquerque.

É nesse cenário que Ciro pode alargar sua aliança além do campo da esquerda, atraindo um partido mais de centro, como PP ou PR. As duas legendas filiaram recentemente empresários com o perfil dos sonhos do pedetista para compor sua chapa: um empresário do Sudeste que pudesse reforçar o discurso de “projeto nacional desenvolvimentista”. Lupi disse que a filiação de Steinbruch os pegou de surpresa:

— Ele tem o perfil que se encaixa naquilo que pensávamos. Agora, o PP quer? Ele quer? Que aliança se formaria? Não sabemos porque não conversamos sobre isso. Mas essa é uma peça nova (a filiação do empresário) e não é conflitante com a nossa estratégia.

Já no caso de Josué Gomes, a situação é diferente. Lupi disse que tentou filiar o empresário ao PDT, mas ele preferiu ir para o PR.

Uma aliança de Ciro com partidos mais de centro, como PP e PR, não é mal vista em parte dos partidos de esquerda. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que essas legendas já integraram o governo do PT e não vê problemas na aproximação.

— Se o Ciro conseguir atrair partidos de centro merece nossos cumprimentos, porque deu um passo à frente no caminho certo. Ele tem espaço para dialogar com as legendas que estiveram no governo Lula — analisou o comunista.

Ciro Gomes negocia ampliar alianças, e Steinbruch é cotado para vice

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