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Caminhoneiros mantêm protestos em 24 estados e no DF mesmo após acordo

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25/05/2018 – 06h36

Nas grandes cidades já há desabastecimento; hospitais, portos e aeroportos também são afetados

Apesar do acordo anunciado ontem (24) pelo governo brasileiro com os caminhoneiros, os motoristas mantêm nesta sexta-feira a greve geral, que entra em seu quinto dia. Pelo acordo, os caminhoneiros deveriam voltar ao trabalho progressivamente e manter uma trégua de 15 dias, a fim de evitar uma crise de desabastecimento pelo Brasil. Em diversas cidades, há falta de alimentos e combustíveis, problemas em aeroportos e ônibus devido ao desabastecimento, e até frotas policiais estão sendo reduzidas.

Sem caminhões para entregas, vários setores comerciais e profissionais, inclusive o hospitalar, também estão sem suprimentos e cirurgias foram canceladas.

O protesto é contra o aumento do preço do diesel, após o produto sofrer 11 reajustes em 17 dias. Como o preço do petróleo subiu, a Petrobras repassou as flutuações nas cotações internacionais às refinarias. Mas, na quarta-feira, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que reduziria o preço do diesel em 10% por 30 dias. O governo também prometeu abrir mão de impostos, como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide 1% sobre o combustível, para baratear o preço final. A desoneração implicará em perdas bilionárias aos cofres públicos.

O governo tinha aceitado 12 propostas exigidas pela categoria, mas se negou a acatar a principal reivindicação: a isenção do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.

Mesmo com o acordo, apenas parte dos caminhoneiros aceitou encerrar a greve. O texto foi assinado por algumas entidades representativas, incluindo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). Outros grupos, como a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) e a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), rejeitaram. Além disso, motoristas de van escolares começaram hoje a fazer bloqueios em ruas e rodovias das capitais para exigir também uma redução no valor da gasolina, que em alguns postos chegou a ser comercializada a R$9 o litro.

Brasília sem voos

A crise no abastecimento de combustíveis fez com que acabasse a reserva de querosene de aviação no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Aviões que necessitarem de abastecimento ficarão em solo até o fornecimento de combustível ser normalizado. Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (25), a Inframerica, empresa que administra o aeroporto de Brasília, informou que a situação é crítica.

“É fundamental a liberação dos caminhões bloqueados no protesto de motoristas para regularizar o atendimento e as operações”, alega a Inframerica. O terminal recebe diariamente uma média de 20 caminhões carregados de combustíveis. Desde o início da greve dos caminhoneiros, apenas dez veículos chegaram até o aeroporto.

Os voos já começaram a ser cancelados por falta de combustíveis. A American Airlines cancelou, de forma preventiva, o voo de Miami que pousaria em Brasília nesta sexta às 7h35. A aeronave seguiria de volta para os Estados Unidos, às 21h55 (AAL 214 – Miami). De acordo com o site da concessionária, também foram cancelados por falta de combustível, nesta sexta, os seguintes voos que sairiam da capital federal: Gol – 1718 – Teresina; Latam – 3705 – Congonhas (São Paulo); e Azul – 2926 – Guarulhos (São Paulo).

Mesmo com o acordo anunciado ontem, não há previsão de quando o abastecimento será normalizado no aeroporto. Vários caminhões estão bloqueados no Entorno do Distrito Federal.

Caminhoneiros mantêm protestos em 24 estados e no DF mesmo após acordo

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