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Bolsonaro prevê tsunami, vê erros perdoáveis e pede para governo antecipar problemas

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10/05/2019 – 15h16

Na semana que vem, Congresso volta a discutir a medida provisória que reestrutura o governo

Um dia depois de o Congresso ter imposto nova derrota à sua gestão, o presidente Jair Bolsonaro defendeu em discurso que o governo tenha a capacidade de antever problemas, afirmando que “pode haver um tsunami na semana que vem, mas a gente vence o obstáculo com toda a certeza. Somos humanos, todos erram. Alguns erros são perdoáveis, outros não”, afirmou. A fala foi feita em evento em Brasília para treinamento de gestores da Caixa Econômica Federal. O presidente não explicou, contudo, o que quis dizer com “tsunami”.

Na próxima semana, o Congresso volta a discutir a medida provisória que trata da reestruturação do governo. Na quinta-feira (9), o governo Bolsonaro sofreu derrotas no Congresso que colocaram em xeque a reforma administrativa do presidente e os planos do ministro Sergio Moro —que tentava manter sob sua responsabilidade o Coaf, órgão considerado estratégico por ele para ações de combate à corrupção.

Além de terem exposto a fragilidade política da base aliada, as decisões dos parlamentares ameaçam desfigurar a estrutura do governo, que não conseguiu emplacar suas demandas mesmo após ter cedido às pressões e aceitado recriar dois ministérios que inicialmente poderiam abrigar indicações políticas.

O que está em jogo é a medida provisória 870 de Bolsonaro, que estabeleceu logo no começo do mandato uma nova configuração de pastas e atribuições —num total de 22 com status ministerial, contra 29 sob Michel Temer (MDB).

A MP precisa passar pela Câmara e pelo Senado até 3 de junho, quando ela expira. O prazo, porém, ficou apertado com a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de não votá-la nesta quinta-feira, como foi previsto por governo e oposição, e empurrar a discussão para a semana que vem. O texto da MP ainda vai ser votado nos plenários da Câmara e do Senado, onde pode ser modificado.

PROBLEMAS ANTECIPADOS

No evento da Caixa, nesta sexta-feira, em Brasília, Bolsonaro disse que sempre transmitiu a seus auxiliares a capacidade de anteciparem os problemas. “Se uma pessoa chega perto de nós e fala que tem fome, não a espere pedir um prato de comida, ofereça-lhe um prato de comida”, disse.

Ao dizer isso, lembrou de um episódio em que era deputado e chamou lotéricos para discutir as dificuldades que enfrentavam. Na sequência, brincou que essa não era a sua especialidade e que o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, solucionou o problema.

“Minha praia é outra”, disse, fazendo um sinal de armas com as mãos e rindo. O presidente então arrancou aplausos da plateia ao fazer o gesto. “Eu acho que o pessoal gostou, em parte, do decreto das armas, com toda a certeza”, disse.

Na terça-feira (7), ele assinou um decreto que flexibiliza o porte de armas e a compra de munições, estendendo o direito para mais 20 categorias.

Durante a cerimônia desta sexta, Bolsonaro recebeu um crachá personalizado da Caixa. No fim do ato, beijou o objeto e abraçou Guimarães em agradecimento, dizendo que se tratava de um “abraço hétero, com todo o respeito”. Ao encerrar o discurso, desceu do palco para abraçar os presentes, que o aclamaram com aplausos.(Folha de S. Paulo)

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