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quinta-feira, março 28, 2024

Bolsonaro e Macri defendem maior abertura comercial no Mercosul

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16/01/2019 – 13h06

Durante encontro no Itamaraty, presidente brasileiro fala que reformas devem ‘soltar as amarras’ do crescimento do país

Durante visita oficial do presidente da Argentina, Maurício Macri, ao Brasil, nesta quarta-feira (16/01), o presidente Jair Bolsonaro, reforçou o interesse de maior abertura comercial tanto do Brasil quanto do Mercosul. Ao levantar a taça para o brinde no almoço oferecido pelo governo brasileiro à delegação argentina, na Sala Brasília do Palácio do Itamaraty, o chefe do Executivo declarou mais de uma vez que a visita de Macri marca uma “nova página” das relações entre os dois países e aproveitou o encontro também para defender as reformas econômicas e estruturais. Macri também aproveitou o encontro para reforçar a necessidade de uma abertura maior do bloco.

“Estou seguro que começamos a escrever hoje um novo capítulo da história das relações entre o Brasil e a Argentina, para o benefício dos nossos povos”, disse Bolsonaro no início do brinde no Itamaraty, mais cedo, no Palácio do Planalto, ele defendeu um Mercosul mais “enxuto”. “Estamos decididos a levar a levar reformas econômicas de envergadura que soltem as amarras do nosso crescimento e gerem emprego e renda para os brasileiros. Buscamos aqui um Estado eficiente e setor privado pujante. Buscamos um ambiente que favoreça o empreendedor e a abertura cada vez maior”, destacou o presidente brasileiro.

Macri é o primeiro chefe de Estado a fazer uma visita oficial ao novo governo após a posse de Bolsonaro em 1º de janeiro. Ele não compareceu à cerimônia porque estava em férias. Ao defender uma maior abertura no Mercosul, o governante argentino criticou o protecionismo das últimas décadas na região, que ele classificou como “equivocado”. “Achamos que o protecionismo protegeria os nossos países, mas ficamos para trás”, afirmou ele, defendendo maior dinamismo entre as economias do bloco para o progresso e redução do desemprego. “Essa viagem é o começo de um salto para frente do Mercosul e da convivência que seja melhor daqui para frente”, afirmou. A Argentina tem a presidência pró-tempore do bloco, que será passada para o Brasil no meio do ano.

Macri foi mais incisivo do que Bolsonaro ao criticar o governo venezuelano, cujo presidente Nicolás Maduro, não foi reconhecido pelo Grupo de Lima. “Não aceitamos a zombaria de Maduro, um ditador que quer se perpetuar no poder com eleições fictícias”, declarou ele, mais cedo no Planalto. A Venezuela continua suspensa do Mercosul. O presidente brasileiro preferiu utilizar um discurso mais ameno, defendendo uma maior integração da região, com mais desenvolvimento e de mais oportunidades. “Estamos confiantes na modernização do Mercosul tanto em seu aperfeiçoamento interno como na ampliação de suas relações com o mundo. O dinamismo das relações entre Brasil e Argentina não vem apenas da proximidade geográfica e de nossos interesses compartilhados. Sem a identidade de valores de nossas sociedades nunca teríamos avançado tanto em nossa parceria”, declarou Bolsonaro.

O presidente brasileiro ainda elogiou as medidas de ajuste econômico adotadas por Macri na Argentina para modernizar o Estado vizinho, que atravessa uma crise financeira com inflação elevada que vem afetando as exportações brasileiras, e reforçou uma maior aproximação entre os dois países no combate ao crime organizado. “Esse é um mal que angustia as famílias brasileiras, que há muito não toleram os níveis de violência que o país chegou. Essa sua visita permitiu aos nosso governo tratar de um aprofundamento da cooperação de nossos países contra o crime. O Brasil será sempre um firme aliado nessa luta”, afirmou Bolsonaro.(Correio Braziliense)

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