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Antes de voltar à cadeia Girotto agride jornalista

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09/03/2018 – 16h49

Ex-deputado está preso juntamente outros envolvidos na Lama Asfáltica

O ex-deputado federal e ex-secretário estadual de obras, Edson Giroto, se apresentou à Polícia Federal em Campo Grande na manhã desta sexta-feira (9), depois de o STF ter negado habeas corpus que revogava a prisão dele, do empreiteiro João Amorim, do fiscal da Agesul Beto Mariano e do empresário Flávio Schrocchio. Todos já estão preso, de novo. Antes de se apresentar Girotto agrediu auma repórter do Jornal Midiamax.

A jornalista Mariana Rodrigues e o repórter fotográfico Cleber Gellio aguardavam a chegada dos réus acusados no âmbito da Operação Lama Asfáltica, em frente à sede da Polícia Federal, quando Giroto desceu de um carro de luxo e se dirigiu com veemência na direção dos dois.

Agora à tarde os quatro investigados passaram pelo Imol, em Campo Grande (MS), para exame de corpo de delito. Eles chegaram ao Instituto Médico e Odontológico Legal (Imol) por volta das 12h30 (de MS) desta sexta-feira (9) e vão voltar ao presídio depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou um pedido de habeas corpus do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, que se estendeu aos demais.

Todos se apresentaram espontaneamente na Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande nesta manhã. Depois do exame no Imol, devem ser encaminhados para o Centro de Triagem, no Complexo Prisional da capital.

A defesa de Amorim afirmou que aguarda um julgamento do Tribunal Regional Federal ainda nesta sexta-feira, além do julgamento do mérito no próximo dia 19 de março. O advogado Benedicto Figueiredo considera o decreto de prisão excessivo e uma medida cautelar seria suficiente para dar continuidade às investigações. Mas esse não foi o entendimento do STF.

O advogado de Beto Mariano informou que já recorreu contra a decisão do ministro do supremo e está analisando recurso.

A defesa de Giroto e Flávio Henrique afirmou que eles esperam o julgamento de uma liminar para colocar em liberdade e não o julgamento final do processo. Além disso, o processo está suspenso até hoje por ausência de documentação que é indispensável no processo para a defesa.

Além das prisões preventivas, a Justiça Federal decretou também mais quatro prisões domiciliares: Mariane Mariano de Oliveira (filha de Beto Mariano), Elza Amaral (secretária de João Amorim), Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto (esposa de Edson Giroto), Ana Paula Amorim Dolzam (filha de João Amorim).

Os mandados foram cumpridos nos endereços residenciais. Elas têm de ficar recolhidas durante o dia e a noite nas residências e só podem se ausentar com autorização da Justiça. A Polícia Federal ficará responsável pela fiscalização das prisões domiciliares, podendo entrar nas casas a qualquer momento para verificar o cumprimento da medida restritiva.

Lama Asfáltica

As investigações sobre o suposto esquema de corrupção tiveram início em 2013. Na primeira fase da apuração, foi verificada a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturaram obras contratadas com a administração pública, mediante corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos. Atualmente, a operação está na 5ª fase.

As investigações da Polícia Federal apontam que o empreiteiro João Amorim agia como se fosse o “dono” de todas as obras de Mato Grosso do Sul. Para permitir que outras empresas trabalhassem no estado, ele cobrava propina.

Conforme as investigações, em dezembro de 2014, Amorim e o então secretário Estadual de Obras, Edson Giroto, foram até Presidente Prudente, no interior paulista, se reunir com outro empreiteiro para cobrar dinheiro do vencedor da licitação para as obras na MS-430.

A rodovia estadual liga Rio Negro a São Gabriel do Oeste, na região centro-norte do estado. A obra foi considerada estratégica na ligação do centro ao leste de Mato Grosso do Sul e recebeu investimento do programa de desenvolvimento regional. O programa tinha convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Regional (BNDES), que foi firmado em novembro de 2012.

Além das obras na MS-430, a MS-040 também rendeu a Amorim pagamentos por serviços não realizados, como descobriu a Controladoria-Geral da União (CGU). A auditoria da CGU encontrou obras irregulares na manutenção da rodovia. Nos dois contratos, o superfaturamento chega a quase R$ 11 milhões.

Girotto, agredindo jornalista hoje cedo

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