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Getúlio Vargas e o xerife do primeiro latrocínio de Dourados

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01/03/2013 – 09h13

Em seu exílio voluntário em São Borja, no Rio Grande no Sul, no interstício de seus primeiros 15 anos de governo – o ditatorial – e o retorno nos braços do povo ao mandato que o levaria ao suicídio, o presidente Getúlio Dorneles Vargas recebeu uma ilustre comitiva de Dourados, a cidade que nessa época já via florescer a Colônia Agrícola por ele criada para sua estratégica ocupação da fronteira oeste do Brasil. Entre os visitantes do então Mato Grosso, o proprietário da Fazenda Sol Brilhante, Nicácio Rodrigues Ávila (o bombachudo à direita do presidente Vargas), que nas horas vagas exercia as funções de sub-delegado de polícia na região do Guassu. Seu maior feito, em quatro de outubro de 1944, a prisão de Salvador Alves, o Boliviano, que três dias antes havia matado, para roubar, o pioneiro José Luiz da Silva, de quem o assassino era pajem. O autor do que pode ter sido o primeiro latrocínio na região só foi descoberto porque os homens do xerife Nicácio se depararam com arroz cozido num carreiro de formigas, em pleno varjão. A escolta conduzindo Boliviano para a delegacia (na sede do município) foi rendida, o prisioneiro linchado, seu corpo esquartejado e os pedaços deixados nas porteiras das fazendas. Entre os dezoito autores da barbárie, pelo menos dez filhos da vítima, seu Urbano, todos levados para um presídio em Ponta Porã, mas liberados dois meses depois graças ao trabalho do advogado Rangel Torres, pai de Weimar Torres.

Colaborou Astúrio Dauzacker

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