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quinta-feira, abril 25, 2024

O ‘se’ que tanto atormenta Puccinelli e que põe o judiciário em xeque

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08/11/2017 – 07h14

Indiferente às pendências judiciais ex-governador intensifica campanha para retornar em 2018

De velório, mesmo que seja de adversário político, a noite de autógrafo, André Puccinelli não perde uma oportunidade de fazer uma selfie para jogar nas mídias sociais, onde não perde uma campanha, como as do setembro amarelo (de prevenção ao suicídio) e dos outubros rosa ou azul (de prevenção aos cânceres de mama e de próstata), sempre com uma ‘falinha’ de advertência. Fala como médico, mas também como pré-candidato ao mais esperado de todos os retornos, ops!, pelos quais já embicou seus uninhos ‘vermelho PT’ mas que ele prefere chamar de ‘Ferrari’. Quer lavar sua honra, diz que não aguenta mais ser chamado de ladrão e que só o veredito popular para resolver esta indigesta parada.

Quanto mais se aproxima a virada do ano, com os prazos já se cumprindo para quem vai disputar as eleições de 2018, não há roda de uma boa prosa política, como as formadas por assessores de pouca ou quase nenhuma serventia que se aboletam pelos corredores palacianos e da Assembleia Legislativa, principalmente, ou as das rodadas de cerveja, que a mais óbvia das perguntas não seja invariavelmente respondida com uma incômoda observação para o grande fazedor, mas também grande fanfarrão Puccinelli: Se ele não for preso, vira governador de novo.

E vira mesmo, na opinião de deputados como o veterano pedetista George Takimoto, a menos que o chamamezeiro Lauredi Sandim, do Ipems, que repetidamente vem destrinchando esses números, tenha se enlevado a ponto de jogar o nome de seu Instituto na lata de lixo. E muito mais pela terceira posição de Reinaldo Azambuja, na verdade, quem seria seu grande adversário, já que existiria um acerto (quem diria!) com Odilon de Oliveira – por sua condição de ‘novo’ e até que se abra o zoológico que vai bancar sua campanha – por enquanto segurando a segunda posição, nessas mesmas pesquisas. Costurado pelo jurássico João Leite Schimdt, este acordo prevê que o ex-juiz só encararia uma disputa com Azambuja na ausência de Puccinelli. Com o italiano no páreo, o sempre pragmático PDT se aliaria com ele, tentando aí emplacar Odilon senador, para, só assim, manter viva a chama da esperança da reeleição de Dagoberto Nogueira.

André Puccinelli preso? Não parece algo acontecível, pelo menos no que depender do Judiciário do Mato Grosso do Sul. Mais fácil virem abaixo as estruturas do imponente prédio que abriga um considerável e estratégico número de seus apaniguados hoje togados. E que fiquem espertos novos desembargadores, como os bem-criados douradenses Eduardo Machado Rocha e Jairo Roberto Quadros, que não têm nada a ver com essa encrenca, mas que trabalham sob o mesmo teto com veteranos como o não menos douradense Sérgio Martins Sobrinho, já que as vigas que sustentam toda essa estrutura devem ter sido feitas com o sobproduto da lama asfáltica preparada por Edson Giroto e superfaturada pelo todo cheio de charme João Amorim, gente que já esfrega as mãos e não vê a hora do retorno do italiano.

E, como tudo indica, não sendo mesmo preso André Puccinelli que Reinaldo Azambuja tome tento, antes que o antecessor retorne com um spray anunciando que vai desinfetar a cadeira por quatro anos ‘ocupada por nádegas indevidas’. Para quem não se lembra, parafraseando e imitando o gesto de Jânio Quadros ao retornar à prefeitura de São Paulo depois que Fernando Henrique Cardoso se sentara na cadeira de prefeito durante a campanha em que fora derrotado pelo antológico campo-grandense um dia também presidente da República.

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