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quinta-feira, abril 25, 2024

Largada para sucessão de Délia Razuk depende, ainda, da força da onda bolsonarista

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29/04/2019 – 08h05

Já passa de dez o número de voluntariosos que querem entrar na disputa

Ninguém, por melhor feeling que tivesse, poderia imaginar, antes da abertura das urnas, ano passado, outro resultado que não trouxesse entre os eleitos o ex-governador Zeca do PT para o Senado ou reeleito, com folga, o deputado federal douradense Geraldo Resende. Ninguém, justiça seja feita, exceção ao jornalista campo-grandense Laureano Secundo, que apostava numa desconhecida advogada do PSL, seguidora de Jair Bolsonaro. Passada a eleição, demorou para cair a ficha até mesmo de Soraya Thronick, enfim, a primeira senadora douradense. Dr. Luiz Ovando e Tio Trutis, deputados federais? E o ilustre desconhecido capitão Contar, estadual eleito com votação de federal? Era a onda bolsonarista espraiando-se também pelo Mato Grosso do Sul.

Feita esta reflexão, principalmente para os ousados e/ou voluntariosos que começam a se apresentar para compor o grid de largada da corrida sucessória do ano que vem, e, diante das peculiaridades do quadro governativo municipal, não há como não começar esta análise em série sem o mais elementar de todos os questionamentos: a quem interessaria um cargo, além de insalubre, de altíssima periculosidade? Daí voluntarioso, que comecei a usar lá nas chamadas do Facebook para o debate aqui no Blog.

Para começo de conversa, será que é bom negócio para os até aqui tidos como potenciais pré-candidatos, Barbosinha, Marçal Filho e Renato Câmara, deixarem a zona de conforto da Assembleia Legislativa para descascar o abacaxi em que se transformou a prefeitura de Dourados no pós-Uragano? Prova disso é que Délia Razuk teve seu momento socrático – ser ou não ser prefeita, ou deputada – na hora em que precisou abrir mão da cadeira que acabara de ganhar também na Assembleia Legislativa, já no período de transição, ante o vislumbre do tamanho da encrenca em que havia se metido.

Como Murilo Zauith dificilmente viria para uma quinta disputa, no máximo insinuando abençoar um ou outro correligionário, fica a incógnita do retorno de Geraldo Resende ao ringue. Isto acontecendo – até por uma questão de honra – Délia Razuk seria forçada a adiar sua tão sonhada aposentadoria, e, dependendo do que pode acontecer até lá, indo para a reeleição ou trabalhando para juntar num único palanque além de Zauith, que muito provavelmente estará governador, o PT, os quatro colegas do filho deputado, os bolsonaristas e quem quer que seja que não ache graça ou não confie nos fios do bigode do figadal adversário.

Fora esse que seria um repeteco das eleições passadas, fica a expectativa do tão decantado novo (nada a ver com o partido de João Amoedo) aí incluído, ainda aproveitando a mesma onda, algum candidato bolsonarista. Mais pelas posições que ocupam do que por ousadia ou voluntarismo, tentam ainda surfar nessa onda o presidente da Câmara, Alan Guedes, o presidente da União Douradense das Associações de Moradores, José Nunes, o sempre vigilante e denunciante farmacêutico Racib Harb e o bispo Marcos Vitor. Detalhe: um bispo (Igreja Sara Nossa Terra), que acaba de ser candidato a vice-governador (de Odilon de Oliveira) e, por isso mesmo, o que tem melhor recall junto ao eleitorado de Dourados, onde o um dia temido juiz federal deu uma sova em Azambuja e Cia. Já imaginaram esse bispo incorporando o espírito, certamente já purificado, do fenomenal Ari Artuzi?!

Bispo Marcos Vitor foi candidato a vice-governador de Odilon de Oliveira ano passado

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