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Barbosinha, o presidente-tampão da Assembleia

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08/02/2018 – 10h54

Autodidata também em leitura dinâmica às vezes acabo comendo gato por lebre, como aconteceu ontem ao ler a informação do piadista de plantão Laureano Secundo, no Facebook, de que o deputado José Carlos Barbosa seria o preferido do governador Reinaldo Azambuja para substituir Júnior Mochi na presidência da Assembleia Legislativa. O próprio plantonista me advertiu, minutos mais tarde, de que Barbosinha é, sim, o preferido de Azambuja, mas para um mandato-tampão, já que Mochi deve deixar o cargo ainda este ano para ocupar a vaga de Flávio Kayatt, que nem esquentou a cadeira no Tribunal de Contas e já providencia aposentadoria.

Para quem vive de observar a política sem fazer piada, uma grande oportunidade para mais uma reflexão sobre o desprestígio da classe política douradense, já que nesses quarenta anos de Mato Grosso do Sul, em dez legislaturas, apenas o cuiabano Walter Carneiro teve a oportunidade de presidir a Assembleia, assim mesmo como prêmio de consolação do governador Pedro Pedrossian, depois que Dourados perdeu a oportunidade histórica de eleger um governador do Estado. Um prêmio, diga-se, mais à família Carneiro, cujo patriarca, Wilson Benedito Carneiro (irmão de Walter), um pedrista de quatro costados, era cunhado do à época também pedrista empedernido José Elias Moreira, o candidato derrotado, 1982.

Interessante é que nesses quarenta anos em que os douradenses ficaram se lamuriando pela derrota de Zé Elias para o governo do Estado, e enquanto esperam uma segunda chance amargando também a frustração por não conseguirem eleger um senador, a lindeira Fátima do Sul manteve o predomínio absoluto na presidência da Assembleia. Sob o comando direto de Londres Machado, sete vezes presidente, ou de um de seus prepostos, como Ary Rigo; e de André Puccinelli, seu rival na política da Vila Brasil, que emplacou Jerson Domingos por quatro mandatos consecutivos no período em que esteve governador e, agora, Júnior Mochi, nas duas legislaturas do mandato do sucessor Reinaldo Azambuja.

Tudo isso, sob os olhares sempre complacentes das ditas lideranças políticas douradenses. E olha que nesse período a cidade que tanto se orgulha de sua condição de polo do segundo colégio eleitoral do Estado mandou para a Assembleia alguns dos grandes articuladores, uns até considerados pesos pesados da política estadual, como Roberto Razuk, Murilo Zauith, Laerte Tetila, Geraldo Resende, Zé Teixeira e George Takimoto. Nem o “felomenal’ Ari Valdecir Artuzi, com a autoridade de seus quase quarenta mil votos obtidos em Dourados se atreveu a peitar o chefe – governador – de plantão para pleitear o segundo cargo mais importante da política estadual. Quem sabe assumindo um ano antes do propalado retorno, ops!, de Londres Machado o deputado Barbosinha consiga aprender o caminho das pedras para recolocar Dourados no segundo lugar deste pódio.

Deputado José Carlos Barbosa

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