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Alan Guedes põe raposa para cuidar do galinheiro de Délia Razuk

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06/04/2021 – 08h44

Instalação da CPI da Covid escancara conluio para encobrir falcatruas da administração anterior

Uma declaração de apoio da então prefeita Délia Razuk à candidatura de seu ex-colega de Câmara Municipal Alan Guedes, no período das convenções partidárias para as eleições do ano passado, causou muita polêmica, até porque isto aconteceu no exato momento em que o partido dela, o PTB, anunciava a candidatura de Wilson Matos. Agora, as coisas começam a se encaixar, com seu sucessor dando toda a pinta de que aquela história de recomeço era tudo balela e que sua administração não passa de uma continuidade do (des) governo Délia.

Ao anunciar ontem os nomes que integram “CPI” para investigar desvio de recursos da Covid na administração passada, não na de Alan, que fique bem claro, o repórter da TV Morena Carlos da Cruz disse que não conseguiu retorno, ops! da assessoria da ex-prefeita. Dê-se o desconto de que o rapaz parece novo na cidade, porque se estivesse mesmo a fim de falar com alguém da assessoria dela bastava conversar, ali mesmo, com a relatora da tal CPI, a vereadora Liandra “da Saúde” Brambila, uma das mais íntimas assessoras de Délia Razuk. Senão, com Darlé Pacheco, ex-chefe de gabinete da ex-prefeita, agora chefe de gabinete da mesma Liandra, ou com a ex-dama de companhia da senhora Razuk, a advogada Aritana Walevein, também lotada no gabinete da vereadora-relatora.

Pode parecer bobagem, mas estes registros são necessários para que a coisa fique bem clara no entendimento dos mais incautos. Falando o português claro, o começo do fim da reputação da recém-empossa nova turma do Jaguaribe. Nada contra a instalação de CPI’s, desde que a coisa seja séria. Aliás, como bem lembrou o jornalista Clóvis de Oliveira, ex-assessor de Alan Guedes, isto é uma prerrogativa da Câmara, embora Alan Guedes, presidente no período em que teriam se dado os crimes, tenha feito ouvidos moucos, o que dá a dimensao do quão medonha é a bandalheira.

Aliás, fosse a coisa séria e Liandra “da Saúde” se consideraria impedida para ocupar a relatoria da malfadada Comissão, ela que foi eleita pelo “grande” trabalho como representante de Délia no clientelismo-varejista da Saúde. Como ela é marinheira de primeira viagem, alguém com mais experiência deveria, por dever de ofício, avisar que isso pegaria muito mal para o legislativo, pois que ficaria escancarado o compadrio entre executivo e legislativo. Sim, porque tudo que aconteceu nesses últimos dias teve a participação que, nesses casos, por razões óbvias, é sempre decisiva, do chefe do executivo e seus áulicos. Pena que não tenha aparecido um que seja, entre os nobres edis, para levantar a suspeição de Liandra.

Apenas para que o prefeito Alan Guedes não diga lá na frente que não foi avisado, refrescando sua memória, já que parece ainda sob os efeitos das complicações da Covid. Ele mesmo, como presidente da Câmara, acompanhou as agruras de seu colega Braz Melo, vereador que perdeu o mandato por conta desse mesmo tipo de composição, de malfeito, quando, eleito prefeito pela segunda vez, resolveu acobertar a história do leite derramado do antecessor Humberto Teixeira. Um B.O., diga-se, na área da saúde. Agora, mais recentemente, o drama do jovem médico Renato Vidigal que, por “cumprir missão” na mesma saúde, com a mesma Délia Razuk, amargou alguns meses de xilindró e acaba de ser condenado a quase doze anos de cadeia. Será que precisa mais?

Por tudo isso, ontem, ao final da sessão de instalação da CPI ouviu-se um murmúrio de um dos amordaçados à saída do plenário: “Que saudade dos tempos do pastor Cirilo Ramão, do Idenor Machado, do Pedro Pepa e até do Ramim, que só dormia e roncava durante as sessões”. Se este for o jeito de governar de Alan Guedes, daqui a pouco vão começar a sentir saudades de Délia Razuk.
E alguém há de estar perguntando, mas, e o que faz o presidente da Câmara, Laudir Munareto, do velho e aguerrido “manda brasa”? Como garçom de profissão, caberá a ele servir a grande pizza que ontem foi colocada no forno do Palácio Jaguaribe. Pizza carinha. Afinal, são R$ 52 milhões em questão.

Alan Guedes comanda ação orquestrada para acobertar mal-feitos da antecessora Délia Razuk

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