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Alan Guedes deve oxigenar administração de Délia Razuk

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14/12/2018 – 08h27

Aliado de Murilo Zauith, o novo presidente da Câmara vai dar equilíbrio entre os poderes

“A democracia sai ferida”. O vereador Maurício Lemes Soares perdeu uma grande oportunidade de recomeçar sua vida parlamentar senão em grande estilo, pelo menos discretamente, como seria o recomendado num momento de tanta hostilidade para a classe política em geral, mais especificamente numa Casa com quatro de seus ilustres integrantes atrás das grades, acusados de corrupção. Totalmente fora de contexto, a frase, que nem é das mais criativas, serviu de deboche e só fez aumentarem as vaias contra a bancada da prefeita Délia Razuk, que insistia em tomar de assalto (sim, na atual conjuntura não existe frase mais apropriada) a mesa diretora da Câmara Municipal para os cruciais dois últimos anos de seu mandato, se é que ela vai conseguir chegar lá.

Ao final da novela que só serviu para enlamear ainda mais a imagem do legislativo douradense, toda chamuscada desde os tempos uraganos, a eleição do demo Alan Guedes serviu como lenitivo para os eleitores ainda nem bem refeitos do trauma pelo maior escândalo político da terra de seu Marcelino. Sujeito discreto, ponderado, profundo conhecedor da lei e alinhado politicamente ao vice-governador Murilo Zauith, Guedes é tudo o que a Câmara precisa neste momento de turbulência, de servilismo nojento, escandaloso e, pior, perigosamente comprometedor da dita bancada “situacionista”.

É de causar estupefação, aliás, que o seleto time que orienta a prefeita Délia Razuk, orientado pelo guru Sérgio Henrique Pereira Martins (um dia presidente da sempre insuspeita OAB, subsecção de Dourados) em nenhum momento tenha sacado (termo também apropriado para o momento de tantos saques) que todo este imbróglio só serviu para expor ainda mais a altíssima vulnerabilidade da administração no que toca ao sempre perigoso compadrio com o Palácio Jaguaribe. No momento em que estão para sair, ainda, as sentenças da turma do mensalinho uragânico, seria o caso de alguém com mais experiência recorrer ao antiquíssimo dito popular: “enfiem a violinha no saco e saiam de fininho”.

Um vexame, para resumir, chegando-se ao ponto de um dos integrantes da bancada do “amém”, Romuldo Ramim, ter sido conduzido coercitivamente, não pela turma do Gaeco, mas por irmãos de maçonaria envergonhados com o prolongamento de toda essa embromação. Quanto aos demais, para garantir o quórum para a eleição da nova mesa foi necessária, mais uma vez, a sempre providencial intervenção do promotor Ricardo Rotuno, que precisou dar uma passadinha de manhã nos gabinetes da Câmara, desta vez, não para prender vereadores, mas para exigir de funcionários que “intimassem” suas excelências, os situacionistas, claro. E, assim, mesmo que por vias tortas, Alan Guedes deve proporcionar à Délia Razuk a tão sonhada e necessária governabilidade, pois, caso contrário, certamente que a vaca iria pro brejo antes da hora.

Novo presidente da Câmara, vereador Alan Guedes

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