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Abaixe o dedo, dr. Odilon!

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30/10/2017 – 08h29

Candidato que diz representar o novo e ético é teleguiado por velharias da política

“Quero convidar você para uma nova caminhada. Nestes tempos em que o Brasil está sendo passado a limpo, aqui no Estado vamos dar exemplo de uma nova política. Participe da convenção do PDT e vamos juntos trabalhar pelo caminho da ética e da justiça. Só assim a vida do nosso povo vai melhorar, venha comigo!”. Eureca! Como ninguém da área de marketing politico jamais havia pensado numa frase tão criativa – ‘Venha comigo!’ – para fechar a fala de um candidato que se apresenta como novo e ético? E o gestual… a mãozinha varrendo a tela da esquerda para a direita…

Foi assim, acredite, de dedo em riste (um dos mais elementares erros de direção da fala de um candidato na TV) que Odilon de Oliveira apareceu pela primeira vez longe da montanha de processos e cercado de seguranças armados até os dentes para se apresentar como político ao Mato Grosso do Sul. Não conseguiu disfarçar a tensão, mesmo com os cortes de edição, o que significa que não deu conta de ler o texto mais curto que coice de porco preparado pelos redatores ‘trabalhistas’. Esperava-se muito, mas muito mais, mesmo que para uma pré-estreia, em programas de propaganda política, convidando para a convenção pedetista em que seu nome deverá ser homologado como candidato a governador ou senador, desde que consiga assegurar a reeleição de Dagoberto Nogueira, afinal, a razão de ser de sua candidatura, de acordo com o maquiavélico plano de João Leite Schimdt.

Que o juiz que foi o terror da bandidagem no Mato Grosso do Sul não tem torque para um projeto dessa envergadura não é novidade. Principalmente para quem já ouviu algumas de suas enfadonhas palestras para o público preferencialmente gospel, sobre os malefícios das drogas à juventude. Claro que esses probleminhas técnicos são coisas de iniciante, por conta do afã daqueles que sempre faturaram horrores com as produções pedetistas inspiradas nos ideais schmidtianos, embora o deputado Dagoberto Nogueira tenha descartado qualquer tratamento mais requintado nessa área, como a contratação de profissionais da área de mídia trainer, segundo ele para não ‘desfigurar’ o Xerife com seu jeito simprão de ser.

O difícil para Odilon de Oliveira vai ser fazer o povão acreditar nesse seu vazio e chinfrim discurso de ‘uma nova política, no caminho da ética’. Novo, com um mentor como João Leite Schimdt? Nada contra o velho Rasputim do Taquari, que até teve sua fase de boas ideias, mas todas vencidas pelo bolor do tempo na mala que usava ainda no velho Mato Grosso, antes de ser, já lá, descartado por Pedro Pedrossian. Novo com Dagoberto Nogueira e Ari Rigo, os responsáveis diretos pelo desencaminhamento do, este sim, fenômeno Ari Artuzi para os ventos do furacão uragânico em Dourados? Novo e ético num partido cujo presidente nacional, Carlos Lupi, apelou publicamente para o “eu te amo Dilma” para não ser demitido quando a presidenta tencionava fazer exatamente a faxina ética de seu governo? Novo e ético com o cangaceiro falastrão Ciro Gomes candidato a presidente ou, pior ainda, com Lula da Silva? Este, o macro da coisa. A lista de miudezas é de assustar. Por isso, bom mesmo ir abaixando o dedo, Dr. Odilon.

O ex-juiz federal Odilon de Oliveira

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